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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Convocação...ainda resta esperança!!!


Há algum tempo deixei de postar notas comentando a situação dos candidatos aprovados no concurso para soldados da PM. Fi-lo para deixar de criar expectativas aos jovens, que se dedicaram, estudaram, tiveram despesas e não recebem uma mensagem de esperança ou pelo menos relatando a real situação do concurso. Poderia estar inconscientemente atrapalhando já que o feudalismo informativo ainda impera nas organizações ou na cabeça de alguns dirigentes. A democratização, a socialização das informações ainda é um sonho inatingível para alguns. Os blogs, a internet, são redes "subversivas" e ainda não se aprendeu que não há mais espaço para não se agir com clareza, verdade, sinceridade, evitando que qualquer cidadão se manifeste nas redes sociais a qualquer momento, sem censura, controle, já que o único remédio é a informação oficial clara, verdadeira e objetiva.
Sensibilizou-me uma nota de um excedente (candidato aprovado,acima das vagas fixadas em edital) mostrando sua preocupação,sonho e esperança.


O sonho não pode morrer (Elder Layon)


Creio que tudo pode ser possível, mesmo não sendo justo, contudo, é incrível a resistência dos que estão habilitados, somos mais do que guerreiros mesmo quando às vezes caímos no esquecimento dos companheiros que já se encontram em formação e esqueceram suas posições semelhantes a nossa em busca constante de informação, mesmo assim nos rastejamos a quilometragem que houver para dar incentivos aos colegas que olham a cada minuto, hora, e dia qualquer novidade a respeito do concurso, não deixemos o sentimento morrer! Nós queremos e nós podemos fazer parte dessa realização sim! Não almejamos apenas o salário que não corresponde ainda o valor do "Policial" como um trabalhador que merece ser reconhecido, mas o que de fato não desistimos é de representar uma farda que tenha respeito e dignidade perante os olhos da sociedade, estamos em busca da Honra, de um ato de coragem e sabedoria que venha preservar a nossa vida e a das pessoas ao nosso redor, mais do que colegas de trabalhos sonhamos em dividir na formação o companheirismo e a camaradagem de não abandonar nunca o colega ao lado! Injustiça é ficarmos de fora depois de tanta luta e força de vontade que com certeza não faltou aos excedentes. Sejamos fortes em qualquer lugar que cada um esteja nesse momento! Não sejamos confiante pra não nos acomodarmos e se amanhã acordarmos com a convocação, então sejamos forte e Unidos!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Força Invicta. Carta ao Povo Baiano.



A Associaçao dos Oficiais da PMBA está demonstrando que lutará pelos interesses da corporação. A entidade que representa os Oficiais PM, está suprindo a falta que faz aos seus integrantes, o Clube dos oficiais que se tornou administrador de plano de saude e algumas festas particulares. A carta veiculada no jornal A Tarde, demonstra essa preocupação. Precisamos avaliar e discutir internamente nossoa passos...nosso futuro.


CARTA AO POVO BAIANO


No dia 17 de fevereiro, a Polícia Militar da Bahia esteve duplamente em festa.
Primeiro porque completou 186 anos de existência atuando ostensiva e preventivamente,
seja nos centros urbanos ou nos mais longínquos torrões da caatinga, embora
seus integrantes nem sempre disponham das condições necessárias para o desempenho
de suas atividades visando eficácia e eficiência nos seus resultados, pois,
quando optamos em ingressar no Estado, tínhamos a convicção da nossa condição
de SERVIDORES PÚBLICOS, o que efetivamente somos com muito orgulho.
O segundo motivo decorreu das promoções dos oficiais após praticamente um ano
de expectativa (a última ocorrera em abril de 2010) uma vez que finalmente o Chefe
do Poder Executivo resolveu atender aos reclames da oficialidade baiana, já que é
uma das suas atribuições previstas na nossa Constituição. Todavia, é oportuno
lembrar novamente aos Senhores Comandante Geral e Chefe da Casa Militar do
Governador, que por este foram escolhidos como representantes de mais de 40.000
(quarenta mil) policiais militares, entre ativa e inatividade, que a nossa lei de
promoções diz claramente no seu art. 20: “As promoções serão efetuadas, por
antiguidade ou merecimento, sempre que verificada a existência de vagas.” O anexo
III do regulamento desta lei prevê o calendário das promoções dos Oficiais que assim
determina: “reunião da CPO – Comissão de Promoção dos Oficiais para cômputo das
vagas e julgamento dos oficiais para promoção: três dias após a abertura de vaga.”
(grifos nossos)
Pasmem, senhores, na Corporação havia vagas abertas desde maio do ano transato!
E, para nossa surpresa, o descumprimento da legislação continua porque, mesmo
com as promoções ocorridas, ainda permanece uma vaga de coronel em aberto e,
por conseguinte, também nos postos subseqüentes.
O nosso Governador, como bom “ex-dirigente sindical”, sabe que o descumprimento
das normas que regem os direitos dos seus liderados desencadeia um sentimento
coletivo de indignação e repulsa, caracterizando-se como ofensa à moral social, pois
a prática de atos que violam direitos fundamentais dos trabalhadores afeta também a
sociedade, haja vista ser de interesse de todos a observância das garantias legais.
Parece-nos que o nosso Governador está mal assessorado, o que não é novidade
nos assuntos pertinentes à Polícia Militar. Conclamamos a ele que doravante tal
situação não volte a acontecer, pois merecemos RESPEITO E DIGNIDADE.
Portanto, nesta data tão importante para a nossa Instituição, cuja composição, na sua
maioria, é de homens e mulheres sérios, competentes e comprometidos com a causa
pública, é que a ASSOCIAÇÃO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR – FORÇA
INVICTA conclama ao nosso Governador que esteja atento às questões que
inquietam os nossos quartéis (e há muitas), pois uma tropa desrespeitada, maltratada
e mal gerida nunca terá condições de prestar um serviço de excelência, tendo como
estímulo apenas dispositivos disciplinares tão arcaicos como o “modus operandi” da
nossa gestão, que, assim como nossa legislação, precisam urgentemente ser
revisados e atualizados, para melhor servir ao nosso Estado.
Continuamos esperançosos na promessa feita há quatro anos, durante a campanha
eleitoral de 2006, ratificada no seu discurso durante a solenidade cívico-militar
realizada na Vila Policial Militar, na manhã festiva em que se comemorou o
aniversário da PM: “E este governador, que muito se orgulha da condição de
comandante-em-chefe da Polícia Militar da Bahia reafirma o seu compromisso de
trabalhar mais e mais para nos aproximarmos das condições que com toda justiça
reivindicam os policiais militares, civis, e a Polícia Técnica.”
É hora de V.Exª. demonstrar, de forma inequívoca, seu apreço aos profissionais da
área de segurança pública, que saem de manhã para trabalhar não sabendo se
retornarão aos seus lares e famílias: ADOTE A PEC 300 para o nosso estado, dando
exemplo para a nossa Pátria de que efetivamente tudo se inicia na Bahia, berço do
Brasil!
Finalmente, parabenizamos também todos os Oficiais promovidos, em especial os
nossos associados, rogando a Deus que continue nos protegendo.

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal,
mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."
Einstein.

Salvador, 20 de fevereiro de 2011
ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA PMBA – FORÇA INVICTA

forcainvicta@aopmba.com.br

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Promoções na PM.


Há muito não sabia o que dizer e apesar de fazer parte do Alto comando da PM, ninguem me dizia o que eu queria saber: Porque tanto tempo sem promoção. Horrivel, para quem acha que a informação é direito de todos e o cumprimento da lei é obrigação do Estado.Ontem no aniversário da nossa PM, finalmente saiu a tão sonhada promoção e apesar de não saber de nada, fiquei feliz. Companheiros que esperavam ha tempo a tão sonhada promoção, tiveram momento de alegria e injeção de esperança e sonho. Gostei muito do texto com um pedido do jovem ten PM Danilo, autor do blog Abordagem Policial:

Promoções na PMBA e um pedido de aniversário.
18fev2011 Em: Opinião, PMBA Autor: Danillo Ferreira

A Polícia Militar da Bahia acabou de promover um grupo de oficiais, após a interrupção de alguns meses na periodicidade das promoções. Tenentes promovidos a capitães, capitães a majores, majores a tenente coronéis e tenente coronéis a coronéis. Trata-se dum momento ímpar para aquele que é promovido, e, de certo modo, frustrante para aquele que esperava a promoção que acabou não ocorrendo, afinal, mesmo com vagas em aberto, o estado dificilmente (ou nunca) promove no ritmo de suas necessidades funcionais e de valorização.

Ao parabenizar um amigo pela nova jornada hierárquica que a partir de então iria assumir, ele confidenciou-me que “após 10 anos no mesmo posto, mesmo trabalhando com satisfação, a promoção é algo que motiva a gente, que traz um alento, uma sensação positiva sem igual… seria importante termos mais momentos como esse em nossa vida profissional. Isso reflete em tudo, inclusive na produtividade!”.

Creio que a promoção não agrada o profissional apenas pela modificação salarial, mas também pelas novas funções que irá exercer, pelo valor simbólico de reconhecimento dos trabalhos e pela ascenção social que representa. Trata-se duma maneira legal e legítima de reforçar positivamente aqueles que se esforçam honestamente pela garantia da segurança pública, desenvolvendo diariamente soluções técnicas para a violência.

Se os oficiais reclamam pela descontinuidade nas promoções, as praças têm ainda mais motivos para isso. Existem soldados baianos que, com mais de vinte anos de serviço, nunca tiveram aquele prazer descrito pelo companheiro acima. Por uma série de distorções na criação e no descumprimento das leis por parte do estado, a ascenção profissional na PM da Bahia está prejudicada de maneira alarmante no quadro das praças.

Recentemente, fora realizado um concurso para sargentos, algo positivo, mas ainda pouco para comportar os policiais que têm década ou décadas de serviço, mesmo porque, passar num concurso concorrendo com PM’s recém ingressos na corporação é difícil para aqueles que vivem uma dinâmica alheia aos estudos, já dedicados aos desafios familiares.

Mas este é apenas um problema na multiplicidade de fatores que se impõe a quem tenta estudar as questões de ascenção profissional na PM baiana. Pergunta-se onde estão as promoções para a recém-criada graduação de cabo, reclama-se por aqueles que, por terem muitos anos de serviço, deveriam ser diretamente promovidos a sargento, e não a cabo. Outros se insurgem contra a pouca diferença de salário entre as graduações.

Dentro dessa gama de interesses e (des)entendimentos sobre qual deve ser a política de carreira da Corporação, o certo é que as leis vivem sendo descumpridas por quem deveria por elas zelar: o próprio estado. Eis a grande distorção. Caso não ocorresse esta perversão, o salário seria melhor, mesmo não agradando a alguns, as promoções ocorreriam, mesmo com uma incongruência aqui e ali, enfim, a motivação, a produtividade, e, como dizia meu amigo, “a sensação positiva sem igual” estariam sendo geradas.

Que o estado cumpra as leis: este é meu pedido de aniversário pelos 186 da Polícia Militar da Bahia, comemorados no último dia 17. Será que é pedir muito?

COPM. Administrador de plano de saude e Nós onde ficamos?


Tenho dito, comentado, escrito que o Clube dos Oficiais da PMBA precisa mudar o rumo. Até hoje a nova (velha) diretoria não prestou conta da sua aministração anterior e da situação atual da agremiação. Apesar dos diversos problemas que atravessamos, o nosso querido COPM não se posiciona e continua sendo um administrador de plano de saude, onde os oficiais realmente não sabem se pagam mensalidade e plano, só plano ou plano e comissão pela administração que este faz para a empresa texas.

É isso que queremos do COPM?

Veja no que deu:

Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia - Força Invicta


17 de Fevereiro de 2011

Bom dia!
Caros colegas e amigos da PMBA!
Caso você também tenha o plano de saúde Sul América, feito pela Empresa Texas, Sr. Ivanhoé, com o COPM (Clube dos Oficiais da PM), recomendo que olhem os seus contra-cheques de Nov. e Dez. de 2010 e Jan. de 2011. O fato é que cobraram dobrado o valor do plano da Sul América de muitos oficiais e clientes da Texas. Não sei de quem foi o erro ou se houve má fé – deixo bem claro isso! – Mas desde dezembro houve erros, como no meu caso, e somente ontem (11.02) pude observar tal situação. Fui ao DP e me informaram que foi erro da Texas e já havia outros casos! Fui a Texas, no Comércio, e disseram que desde dezembro o COPM foi avisado para reembolsar esse valor para nós, pois o erro foi do Clube, mas isso não correu. A Texas disse que não me avisou porque não teve tempo! Pode uma coisa dessa? Olhem que eles têm meu e-mail, celulares, endereços etc.
Segundo Sr. Ivanhoé, da Texas, o erro foi do Clube. O COPM, disse a ele, por telefone (ontem pela tarde, às 16:00 horas) que não foi normalizada a minha situação, por não saber o número das contas correntes dos prejudicados. Pode uma coisa dessa outra vez? Ouvi no Viva voz! Fui do Comércio ao COPM, e na tesouraria encontrei auxiliar na tesouraria, que nada sabia dizer ou responder pelo local e serviços. Por que somos assim?
Volto a dizer que não estou apontado ninguém ou se foi o erro ou se houve má fé, o todavia o descaso com as nossas coisas é enorme!
Até porque eu deveria ter visto esse erro em dezembro, mas assumo que confiei!
O COPM não resolveu ontem!
Daí eles, da Texas, resolveram que fossemos ao Bradesco e fizeram o conserto do erro!
Fizeram o reembolso contra recibo. Mesmo atrasado, Parabéns! O meu caso foi resolvido.
Mas, ninguém teve coragem de mandar um e-mail, um telefonema, carta, aviso na intranet, um pombo-correio, fumaça etc. Dizendo assim: Olhe meu cliente, Nós erramos. Venha Buscar o seu dinheiro ou passe o número da sua Conta Corrente.
Assim, gostaria que os senhores passassem este e-mail para seus colegas de turma e OPM, pois existe uma relação de erro enorme. Vi a dita na Texas e no COPM.
Valter Menezes – Maj PM
9975 8902
Ainda Cliente da Texas e ainda sócio do COPM.
Que tristeza, que falta de zelo, que falta de respeito!


ESCLARECIMENTO SOBRE O PLANO DE SAÚDE

Visando oferecer ao nosso quadro de associados uma visão realista acerca do fato que vem gerando especulações sobre a gestão do plano de saúde Sul América, que tem como estipulante o CLUBE DOS OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA e como corretora do plano a empresa TEXAS. Informamos que desde o mês de novembro de 2010 todas as alterações e procedimentos deixaram de ser executadas pelo Departamento de Pessoal da PMBA e ter passado diretamente a sua responsabilidade para a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB), em razão da transição ocorreram desde o mês de novembro de 2010, varias falhas técnicas de lançamentos à maior como à menor, os erros aconteceram, nós estamos sempre trabalhando em busca do aperfeiçoamento.

O CLUBE DOS OFICIAIS e a TEXAS, jamais usaram de má fé. Temos testemunhas, sem querer lançar nomes, que todos aqueles que tiveram valores indevidos lançados em seus contra-cheques foram devidamente reembolsados, o que denota a inexistência de dolo ou má fé no fato gerador.

Prova inequívoca que não temos pretensão de lançar mão daquilo que não é devido. Todavia, contamos com a sensibilidade de nosso associados, se por ventura detectarem qualquer tipo de desconto indevido em seus contra-cheques, dirijam-se pessoalmente ou através do telefone ao COPM, que estaremos a disposição de todos os nossos associados para resolvermos não só essa questão, mas todas outras que estejam afetas as nossas responsabilidades.


FRANCISCO ALVES DOS SANTOS - Cap QOAPM R/R
Presidente do Clube dos Oficiais da PMBA

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A hora e a vez da polícia.


Um ditado africano diz que não existe problema sem solução; que não há solução sem defeitos e que não há defeitos que não possam ser corrigidos. No dia em que os chefes do executivo federal e dos estaduais tomaram posse e discursaram, o mundo celebrava a confraternização universal.

Como policial e professor meu desejo faz coro aos milhões que torcem para que eles comecem bem.

A meu ver, o tema da segurança forma, com a educação e a saúde, o tripé decisivo para o êxito e a sustentabilidade dos governantes.

Principiar bem nas políticas públicas será olhar para as forças de segurança. O fato de as questões de segurança pública serem tratadas como assunto de Estado, e não de governo, é um avanço relevante.

Sabemos que já estão olhando. Agora é chegada a hora de escutar, de conhecer melhor, de investir mais, de acreditar e, o mais difícil de tudo – de saber que o modelo pode ser diferente. Urge que seja.

Confraternização significa estar com os fraternos. Contudo, se o arrefecimento de valores fundamentais como o respeito à lei, à disciplina e à autoridade, guiar os jovens, teremos o indesejável – mais presídios em detrimento de escolas.

O calor das discussões sobre a segurança, por conta do filme Tropa de Elite 2 e pelos acontecimentos no Rio de Janeiro em 2010, não devem sair da agenda.

Não poderemos negligenciar esse dever, como traz o artigo 144 da Constituição: “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”. São as forças de segurança que administram emergências, calamidades e insurgências de toda ordem, enfim, cabe a elas dar pronta-resposta.

Para haver excelência na segurança, ou seja, prestar o melhor atendimento com o menor custo material e humano, deve-se investir na formação de quadros.

No caso de São Paulo, nossos procedimentos e ações internas levaram a consecução de matriz organizacional que busca menos mortes, menos lesões, menos sofrimentos, menos dor; para isso nos valemos de vigorosos treinamentos e de gestão por resultados.

Maior reflexão, melhor planejamento, melhor formação e melhores resultados estão ocorrendo pelas escolhas acertadas e pela replicabilidade das boas práticas policiais, que têm realimentado todo o sistema, entrando em um círculo virtuoso de resultados favoráveis, como comprovam as recentes estatísticas sobre homicídios.

Hoje, a grande ênfase passa a ser dada ao perfil do novo policial, que deve ter excelente relacionamento interpessoal e capacidade de mediação de conflitos.

O ganho que se tem nas crises é a possibilidade de mudar de patamar. Se aprendermos a lição, poderemos lecionar; caso contrário, vamos lesionar.

Na prática, precisamos deixar claro para todos que eficiência policial e respeito aos direitos humanos são mais do que meramente compatíveis entre si: são mutuamente necessários, indissociáveis.

Sabemos que as ações de polícia, na ponta da linha, é que indicam o verdadeiro termômetro de nossa democracia.

Ronilson de Souza Luiz, doutor em educação, é capitão da Policia Militar de São Paulo e docente no Centro de Altos Estudos de Segurança.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Galos velhos e galos novos

Nada nos impede de construir o novo, a não ser o nosso medo. E, inexoravelmente, a ousadia e a ausência de medo passa pelas reformas que o Brasil precisa como a reforma agrária, a reforma social, a reforma política, a reforma tributária e a reforma da segurança pública.
Nesse sentido, seguindo fielmente a premissa de que “em time que está ganhando não se mexe”, o Governo do Estado dá sinais de que uma enorme mudança está em marcha na segurança pública da Bahia, pois, se até pouco tempo atrás, os cargos que integram o seu alto comando eram cativos dos cabelos grisalhos, uma nova modalidade de dança de cadeiras está em pauta.
Em minhas inquietações sobre essas mudanças de sentido e os sentidos dessas mudanças, lembrei-me de um passado não muito remoto na história da segurança pública na Bahia que nem me lembro porque e de um texto do Dino Mocsányi, sobre disputa de poder envolvendo galos velhos e galos jovens.
Brincadeiras à parte, a lembrança da história dos dois galos nada tem a ver com a com a idade dos policiais em cargo de chefia, mas com o grande desafio que se lhes impõe, como líderes institucionais das forças de segurança do estado, em equilibrar os dois perfis: o da geração dos i-pods e o do grupo da época dos vinis, de maneira coerente e coesa.
Com baixa quilometragem, os policiais mais jovens são mais enérgicos, ávidos por mudanças, antenados e propensos aos riscos. Já os profissionais de segurança pública com mais tempo de estrada, normalmente, apresentam mais dificuldade com as mudanças, já que preferem mais segurança e estabilidade, tendendo a trabalhar de maneira mais sistemática e conservadora, sem grandes inovações.
Muitos profissionais experientes caem na armadilha de acharem que já sabem tudo, mas saber extrair o melhor do aprendizado nos cargos de comando, não tem a ver com faixa etária, pois o que se espera de um verdadeiro líder, transcendendo à questão da idade, é maturidade.
Como em qualquer mudança de paradigma, as resistências virão. Os “menudos” como são chamados “interna corporis” os integrantes dessa nova geração de líderes policiais agressivos e ultra qualificados despertam nos mais experientes, desconfiança e sentimentos de ciúmes, inveja e rivalidade reforçados pela frustração de não terem atingido posição similar de comando. Por outro lado, os mais jovens, ao julgarem-se imbatíveis, acabam tropeçando em seus próprios egos inflados.
Sem uma melhor compreensão da realidade organizacional, segurança no trato com conflitos e capacidade de empatia com os integrantes do sistema de segurança pública para devolver-lhes a motivação e a vontade de trabalhar, não será a idade que credenciará alguém como o facilitador para as coisas acontecerem,
De nada adiantarão as mudanças na faixa etária dos ocupantes dos cargos diretivos se não vierem acompanhadas de mudanças no atual modelo de gestão, baseado na nossa educação, cujas premissas são as de que um fala e o outro escuta e é o professor que tem todas as respostas prontas, acabadas. Transpondo para o mundo corporativo policial, fica assim: eu mando, você obedece – um sistema rígido, sem trocas e, principalmente, sem diálogo, onde o comandante, o chefe e o diretor, como os mestres, são os grandes oráculos. Mais do que nunca, é preciso trocar com a equipe. Caso contrário, haverá novas trocas, sim. De cargos.
Mas isso, como dizia Rudyard Kipling, é uma outra história e como toda história tem um fundo moral: Entre o velho e o novo, utilize a experiência e o conhecimento adquiridos no “velho” para aplicar ao novo!!!

Antonio Jorge Ferreira Melo é coronel da reserva da PM-BA, professor e pesquisador do Progesp (Programa de Estudos, Pesquisas e Formação em Políticas e Gestão de Segurança Pública) da Ufba, da Academia de Polícia Militar e da Estácio-FIB

O questionável papel da Guarda Municipal em Feira de Santana


A criação das Guardas Municipais, tem provocados discussões, ciumeiras e preocupações nos diversos setores da comunidade. Enquanto uns se preocupam na perda de poder das policias, outros entendem que as guardas não devem se tornar em outra organização armada, envolvida em combate a criminalidade, obrigando às prefeituras a adquirir armas, equipamentos, coletes e criar corregedorias para apurar os possíveis desvios de conduta dos seus integrantes. A população, não poderá estar mais uma vez a mercê de corporações, mal treinadas,"vaidosas' com o poder, trazendo mais malefícios do que soluções para a segurança publica. O emprego das GM em vigilâncias, guardas patrimoniais e policiamento de parques, jardins, escolas, dosoneraria a PM dessas atividades, podendo se preocupar com ações mais eficientes de policiamento ostensivo e de combate ao crime. È preciso estabelecer objetivos e prioridades para as guardas municipais, para não se desperdiçar recursos públicos e se estabelecer disputas desnecessárias de prestigio entre os diversos segmentos responsáveis pela manutenção da paz social.

Leia o texto do Blog da Feira:



Estamos assistindo há alguns dias as ações dos guardas municipais na cidade de Feira de Santana e algo tem chamado a atenção: a quantidade de prisões, “flagrantes”, prevenções de atos de vandalismos e prisões por tráfico de drogas.

Segundo a Constituição Federal, a guarda municipal tem como função preservar a ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio, porém o que se vê em nossa cidade é o avesso do que está exposto na Constituição, ou seja, pessoas totalmente despreparadas, sem o mínimo conhecimento de leis, como, por exemplo, do direito de ir e vir atribuído a todo cidadão.

Esta semana, presenciei um fato que me deixou indignado: uma abordagem “policial” a um grupo de pessoas que estavam reunidas, jogando conversa fora, na Praça de Alimentação e, em poucos instantes, foram escorraçadas por esta nova policia sem nenhum tipo de explicação. Penso que as pessoas que ali estavam mereciam, no mínimo, respeito; independente do que estivessem fazendo ou cometendo, pois, antes de qualquer coisa, são seres humanos. Além deste fato que presenciei ao vivo e a cores, é corriqueiro escutarmos nas rádios de Feira de Santana várias ações de combate praticadas por esses guardas, responsáveis por proteger patrimônio, realizando prisões e até desarticulando quadrilhas.

Já convivemos com uma Policia Militar truculenta e ineficaz, que por hábito ou vício vive abusando do poder, por isso me vem à cabeça algumas indagações: será que teremos que permanecer alienados ou míopes diante de tais fatos? Ou devemos gritar em ritmo de protesto em relação aos fatos ocorridos esta semana e em outras tantas para que o Governo Municipal se manifeste quanto às ações deste tipo de guarda? Parece que estamos voltando aos tempos do Velho Deraldão, de resolver tudo na base da porrada para defender certos interesses.

A Secretaria de Prevenção à Violência do município de Feira de Santana deveria aproveitar estas pessoas para desempenhar de fato o papel que lhes cabe, ou seja, guardar escolas, feiras-livres e espaços públicos, ao invés de contratar, absurdamente, empresas de seguranças, gastando assim mais dinheiro público. Entende-se dinheiro público aqui por aquele que sai do nosso bolso por meio de pagamentos de impostos.

Em minha opinião, é urgente começar a dar limites à guarda municipal da cidade de Feira de Santana, caso contrário, em longo prazo, teremos que pagar um grande preço por sua ineficiência.

(Texto de Pedro Henrique Caldas)



redacao@blogdafeira.com.br

Reuniao da AOPMBA com a SSP



No final da manhã de hoje (14/02), o Presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – FORÇA INVICTA, Maj PM Edmilson Tavares, juntamente com o Vice-Presidente, Maj PM Hilberto Rego, e os Tenente-Coronel PM R/R João Canário e Maj PM Sergio Barros, Presidente e Vice do Conselho Deliberativo, respectivamente, acompanhados pelo Dr. Vivaldo Adães, advogado da Associação, foram recebidos pelo Secretário da Segurança Pública, Maurício Teles.


Na oportunidade, foram apresentados os votos de boas vindas ao novo Secretário de Segurança Pública, desejando-lhe sucesso a frente desta tão importante pasta de trabalho, ao tempo em que foi solicitada uma mudança no tratamento dado à Polícia Militar pela SSP e pelo Governo do Estado.
Foi enfatizada a necessidade de ser criado um novo projeto para a área da SSP, tendo a gestão por resultados como um marco desta nova administração e que a integração entre seus órgãos aconteça de forma que cada um exerça a sua missão constitucional.
Discutiram-se também mudanças a serem implementadas na área administrativa visando à melhoria das condições de trabalho e da valorização policial, a exemplo de: 1) um plano de cargos e salários que represente uma remuneração digna, com base no que preceitua a C.F., art. 144, & 9º, c/c o art. 39, & 4º; 2) regulamentação do prêmio por desempenho operacional, instituído pelo art. 11 da Lei 11.356/09( no governo atual); 3) regulamentação do adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas previsto no Estatuto PM (art. 92, inciso V, letra “ p”) ; 4) regulamentação e pagamento do adicional do serviço extraordinário conforme prevê o art. 108 do EPM; 5) regulamentação do auxílio-acidente previsto no art. 102, & 2º, letra “e” do EPM; 6) efetivação das promoções dos oficiais que, apesar de existirem vagas para todos os postos da escala hierárquica desde maio do ano passado, não ocorreram até a presente dado, num total desrespeito à lei de promoções; 7) revisão nos valores dos honorários de ensino que estão congelados desde 1998; 8) regulamentação das normas com implicações disciplinares na forma prevista no art. 219 do Estatuto PM.
O Secretário Maurício Teles comprometeu-se a, junto à SAEB, analisar as solicitações feitas pelos representantes da Associação, e colocar em prática, de imediato, as ações que puderem ser feitas para promover a valorização do policial, levando-se em consideração algumas prioridades.